Elvis Rogerio Paes
Luís Ernesto Barnabé
O que tradicionalmente se conhece por
História Antiga enquanto código disciplinar – o seu recorte espacial e temporal
adotado – não pode ser visto como algo naturalizado, mas ao contrário, uma
construção ocorrida na Europa por séculos e consequentemente como um processo
que implicou para a sociedade brasileira, em meados do século XIX, em escolhas de
filiação ocidental, o que resultaria na construção de uma memória social que
predomina até os dias atuais (GUARINELLO, 2013). Tratava-se também de se
fabricar uma antiguidade “sem conflitos, como uma idade de ouro perdida, servia
a interesses não declarados” (FUNARI; SILVA; MARTINS, 2008.p.8).
Por isso, é importante compreender como
se deu a “invenção” do antigo. O
Renascimento Cultural na Europa do século XIV trouxe consigo a redescoberta e
uma “glorificação” do patrimônio do mundo greco-romano. Obras e autores até
então esquecidos, a partir do Renascimento terão uma maior abrangência e na
Itália do século XVII passam a serem vistos como: “a herança escrita dos
antigos” (GUARINELLO, 2013.p.18). Isso evidencia
que o surgimento da História Antiga “foi, no princípio, um movimento cultural e
literário a partir de textos e objetos” (GUARINELLO, 2013.p.17) e o
Renascimento “não foi um renascer passivo, mas uma construção profunda da
memória” (GUARINNELO, 2013.p.19). Esses instrumentos foram suportes,
“testemunhos dessa visão do passado” (GUARINELLO, 2013.p.18), responsáveis pela
herança de uma memória social “tributária de dois grandes eixos culturais
antigos: o mundo greco-romano e o mundo bíblico”, que constituíram o Ocidente.
Se levarmos em conta a importância dada
nos textos oficiais e nas reformas educacionais propostas após o fim da
ditadura militar a temas como cidadania e democracia e ter em conta que “o
livro didático faz parte intrínseca do processo educativo” (BRASIL, 1999.
p.461), e que por conta do PNLD (Programa Nacional do Livro Didático) alcança
praticamente todos os bancos escolares do país, acreditamos ser válido analisar
como tais temas são apresentados no contexto do mundo grego (e relacionados, ou
não, ao nosso mundo). Com efeito, este trabalho pretende mapear as abordagens nas
edições aprovadas pelo PNLD 2014 das formas de governo ateniense em livros
didáticos atuais.
Isso implica compreender a dimensão
complexa do livro didático. Estes “são instrumentos de trabalho do professor e
do aluno, suportes fundamentais na mediação do ensino e aprendizagem”.
(BITTENCOURT, 2011.p.295), mas também podem revelar as práticas sociais que
incidem sobre seu feitio, isto é, as visões de mundo e concepções de história
que foram, e são mobilizadas, e resultam em narrativas dos capítulos; e fica
mais evidente quando se concebe o livro didático, “antes de tudo como uma mercadoria”
(BITTENCOURT, 2002.p.71) e que, também, possui o “papel de instrumento de
controle por parte dos diversos agentes do poder” (BITTENCOURT, 2011.p.298),
portanto “a escolha do material didático é assim uma questão política”
(BITTENCOURT, 2011.p.298).
Identificaremos a construção narrativa
das formas de governo e os conceitos de democracia, ostracismo, buscando
compreender permanências ou rupturas de uma tradição na escrita acerca de
Atenas.
Os livros são utilizados no 6° ano do
Ensino Fundamental II, e trabalhados na grade curricular de História Antiga,
selecionamos 12 livros do referido PLND, que serão descritos no quadro abaixo.
Livros
|
Título
|
Autor (es)
|
Editora
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1
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Vontade de Saber História
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Marco Pellegrini; Adriana Dias; Keila Grinberg.
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FTD S.A
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2
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Projeto Teláris
Da Pré-História à Antiguidade
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Gislane Azevedo; Reinaldo Seriacopi.
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Ática
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3
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Leituras da História
|
Oldimar Cardoso
|
Escala
Educacional
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4
|
Por Dentro da História
|
Pedro Santiago; Célia Serqueira; Maria Aparecida
Pontes.
|
Escala
Educacional
|
5
|
Estudar História
Das origens do homem à era digital
|
Patrícia Ramos Braick
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Moderna
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6
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História Sociedade & Cidadania ed. Reformulada
|
Alfredo Boulos Júnior
|
FTD
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7
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Encontros com a História
|
Vanise Ribeiro;
Carla Anastasia.
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Positivo
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8
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Saber e Fazer História
|
Gilberto Cotrim;
Jaime Rodrigues.
|
Saraiva
|
9
|
Jornadas.hist
|
Maria Luísa Vaz;
Silvia Panazzo.
|
Saraiva
|
10
|
Perspectiva História
|
Renato Mocellin;
Rosiane de Camargo.
|
Brasil
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11
|
História
Para Viver Juntos
|
Débora Yumi Motooka;
Muryatan Santana Barbosa.
|
SM Ltda.
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12
|
Projeto Araribá
História
|
Maria Raquel Apolinário
|
Moderna
|
O
quadro abaixo apresenta estruturação das formas de governo em Atenas
apresentada por cada obra analisada:
Livro
|
Formas
de Governo
|
1
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Rei; Aristocracia;
Democracia.
|
2
|
Basileu: rei escolhido entre grandes proprietários de terra e
governava com o apoio destes;
Aristocracia: “autoridade dos melhores”, do grego áristos, “os
melhores”; kratos, “autoridade”;
Democracia: do grego, 'demo', “povo” e 'cracia', “governo”.
|
3
|
Rei: Menciona a figura do polemarca e a do arconte, estes
eram auxiliares do rei escolhidos da nobreza, esse poder real enfraquece
devido a aristocracia;
Aristocracia: Nesse período não existe mais a figura do
monarca, o governo fica na mão do arconte e do polemarca, ou seja, da
aristocracia;
Democracia: É a fase de Atenas, onde, o governo está nas mãos do
cidadão.
|
4
|
Monarquia; Arcontado;
Aristocracia: Governo dos melhores (aristoi); Legisladores; Tiranos;
Democracia.
|
5
|
Monarquia;
Aristocracia; Democracia.
|
6
|
Rei;
Aristocracia: Governo
dos melhores. A aristocracia é um grupo formado por pessoas ou famílias que,
por herança ou concessão, possuem poder ou uma série de privilégios sobre os
demais.
Democracia: Democracia
é a junção de demos (povo) e kratos (poder).
|
7
|
Monarquia: Governo de
um rei. Formado pelo basileu.
Oligarquia: Governo de
poucos.
Tirania: Aquele que
governa pela força, despoticamente, sem obedecer às leis existentes.
Democracia: do grego
demo = povo e cracia = governo.
|
8
|
Rei: Meados do séc.
VIII, possuía a função de juiz, sacerdote e chefe militar.
Arcontes: Séc. VII,
aristocracia, composta pelos eupátridas “bem-nascido”, famílias consideradas
nobres.
Democracia.
|
9
|
Monarquia: Séc. VIII
a.C., na época de sua fundação, o governo era exercido por um rei, chamado
basileu.
Oligarquia: Os
eupátridas formavam essa oligarquia, palavra grega que significa governo
exercido por um só grupo social ou de poucos grupos sociais,
Democracia: Séc. VI, palavra grega que significa 'governo do povo'.
|
10
|
Monarquia: Constituída
de forma hereditária. O rei era denominado de basileu.
Oligarquia: Somente os
eupátridas governavam.
Legislador; Tirano;
Democrático.
|
11
|
Eupátridas:
Aristocratas.
Democracia: Governo do
povo.
|
12
|
Aristocracia: Atenas
no início do século VII a.C estava nas mãos dos aristocratas.
Democracia: Governo do
demos (povo).
|
Foi
possível identificar semelhanças e algumas variações entre os livros didáticos,
e disto destacamos cinco padrões. O primeiro padrão forma uma sequência de:
Rei, Aristocracia e Democracia, que pode ser observada nos livros 1, 2, 3, 5,
6, 9. Já o segundo estabelece uma sequência mais detalhada: Monarquia,
Arcontado, Aristocracia, Legisladores, Tiranos, Democracia, e ocorre nos livros
4 e 8. O livro 10 é o único que apresenta sequência: Monarquia, Oligarquia, Legislador,
Tirano e Democracia, enquanto que o livro 11: Aristocracia e Democracia. Finalmente,
o livro 7 expõe: Monarquia, Oligarquia, Tirania e Democracia.
Em
relação a democracia este conceito está presente em todas as 12 obras
analisadas, mas somente os livros 2, 3, 6, 7, 9, 11, 12, se preocupam em
apresentar uma definição a respeito do conceito.
Desta
forma temos:
N°
Livro
|
Dados
Obtidos
|
2
|
Democracia: (do grego,
demo que quer dizer ‘povo’ e cracia, ‘governo’. (p.172)
|
3
|
Democracia: tem origem na palavra grega demos, nome
dado pelos atenienses tanto à população em geral quanto as divisões
administrativas de sua cidade. (p.104)
|
6
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Democracia: A palavra democracia é a junção de demos
(povo) e kratos (poder), isto é poder do povo. (p.209)
|
7
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Democracia: do grego demo = povo e cracia = governo,
governo do povo. (p.130)
|
9
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Democracia: palavra de origem grega que significa
“governo do povo”. (p.199)
|
11
|
Democracia: Era a democracia, o governo do povo. (p.
110)
|
12
|
Democracia: democracia, isto é, o governo do demos,
palavra grega que significa tanto “povo”, quanto uma divisão territorial de
Atenas. (p.168)
|
Assim,
é possível perceber que os livros 9, 11, possuem grande similitude na
explicação dos conceitos. Os livros 2 e 7 também expressam semelhanças. Temos
por destaque os livros 3 e 12, que atrelam ao conceito “demos” não apenas o
sentido de povo, mas também uma “divisão territorial de Atenas”.
A
definição etimológica para o termo democracia, somente é encontrada no livro 6,
o qual ao contrário dos demais (2,7,9,11), utiliza a palavra grega kratos para indicar poder e não governo.
Em
relação ao Ostracismo, uma lei implantada na Atenas democrática por Clístenes,
que consistia em expulsar da cidade por um período de dez anos quem ameaçasse a
democracia, não é mencionado nos livros 2,3,5,8,12. Quando mencionado nos
livros 1,7,9, e 10 os autores ilustram o termo a partir das imagens de cacos de
cerâmica.
Considerando
os fatos elencados notamos, que os livro 7,9,11, expressam como explicação de
democracia “Governo do Povo” e o livro 6, que busca uma etimologia mais
precisa, traduz kratos como “poder”,
portanto a democracia seria “Poder do Povo”. Noutras palavras, a Democracia de
Atenas não poderia ser definida como um Governo do Povo, pois o povo ateniense
tinha o poder de fazer leis, destituir leis, fazer melhoramentos na cidade e
isso não condiz com o modo de governo atual, que é uma democracia
representativa, e que de fato o povo não exerce governo algum.
Portanto,
o termo kratos é melhor traduzido no
contexto ateniense como “poder” do que como “governo”, pois o cidadão ateniense
de fato exercia o poder sem passar por intermediadores.
Enfim,
foi possível perceber até aqui que há grande semelhança entre as obras na
organização das abordagens acerca de Atenas e sua evolução política. Boa parte
delas opta por três estágios – monarquia-aristocracia-democracia – numa
possível alusão às próprias classificações feitas na antiguidade por
Aristóteles e Políbio. Há ainda outras que escapam à tríade e incluem outras etapas:
arcontado, legisladores, tiranos(ia), e outras que ficam na dualidade
aristocracia-democracia. Outro ponto que chamou atenção foi a predominância em
torno da definição do termo democracia como “governo do povo”, quando somente
uma obra enfatizou kratos.
Livros didáticos
PELLEGRINI, Marco; DIAS, Adriana; GRIMBERG, Keila. Vontade
de Saber História, 6° Ano. 2. ed. São Paulo: FTD, 2012.
AZEVEDO, Gislane; SERIACOP, Reinaldo. História
Da Pré-História à Antiguidade, 6° Ano. 1° ed. São Paulo: Ática, 2012
(Projeto Teláris: História).
CARDOSO, Odimar. Leituras da HISTÓRIA,
6° Ano. 1° ed. São Paulo: Escala Educacional, 2012.
SANTIAGO, Pedro; CERQUEIRA, Célia; PONTES, MARIA
Aparecida. Por Dentro da História, 6° Ano. 3ª ed. São Paulo: Escala
Educacional, 21012.
BRAICK, Patrícia Ramos. Estudar História: Das origens do homem à era digital, 6° Ano. 1ª
ed. São Paulo: Editora Moderna, 2011.
BOULOS, Alfredo Jr. História sociedade &
cidadania, 6° Ano. 2ª ed. São Paulo: FTD, 2012.
RIBEIRO, Vanise; ANASTASIA, Carla. Encontro
com a História, 6° Ano. 3ª ed. Curitiba, Editora Positivo, 2012.
COTRIM, Gilberto; RODRIGUES, Jaime. Saber
e Fazer História, 6° Ano. 7ª ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2012.
VAZ, Maria Luísa; PANAZZO, Silvia. Jornadas.hist,
6° Ano. 2ª ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2012.
MOCELLIN, Renato; CAMARGO, Rosiane de. Perspectiva
História, 6° Ano. 2ª ed. São Paulo: Editora do Brasil, 2012.
MOTOOKA, Débora Yumi; BARBOSA, Muryatan Santana. Para
viver juntos: história, 6° ano. 3ª ed. São Paulo: Edições SM, 2012.
APOLINÁRIO, Maria Raquel. Projeto Araribá: história,
6° Ano. 3ª ed. São Paulo: Editora Moderna, 2010.
Referências
BITTENCOURT, Circe Maria
Fernandes. Ensino de História:
fundamentos e métodos. São Paulo:
Cortez, 2011
BRASIL. Ministério da
Educação. Plano Nacional do Livro
Didático – Guia de Livro Didático. Brasília, 1999.p.461.
FUNARI, P.P.A.; SILVA, G.J.
& MARTINS, A. L. (org.) História
Antiga: contribuições Brasileiras. São Paulo: Annablume Fapesp, 2008
GUARINELLO, Norberto Luiz. História Antiga. São Paulo: Contexto,
2013.
Bom dia, enfim chegou o grande momento dos participantes elaborarem suas questões a respeito dos textos. Sejam todos bem vindos.
ResponderExcluirElvis Rogerio Paes
Bom Dia!pode-se perceber que a comunicação fala que pessoas que ameaçassem a Democracia em Atenas eram expulsas por dez anos(Ostracismo),sendo que o povo era excluído(Ex-escravos,Escravos,mulheres,Crianças e Estrangeiros).
ResponderExcluirAnderson Lúcio da Silva.
Olá Caro Anderson, devemos atentar-nos para o seguinte aspecto sobre o Ostracismo. Como você pode verificar através dos textos, o Sistema de Governo de Atenas sofre mudanças através das épocas, essas transformações muitas vezes foram feitas de modo brutal, por exemplo, quando os Tiranos estavam no poder. Enfim, após muitas lutas e mortes, a Democracia torna-se o Sistema de Governamental com todos os cidadãos sendo participantes. Clistenes não poderia permitir a volta de um governo tirano, por esta razão ele cria a Lei do Ostracismo, para preservar a Democracia "Poder do Demos". Com respeito a cidadania, outro conceito de Atenas, somente os homens nascidos em Atenas filhos de pais Atenienses maiores de 18 anos no período da democracia poderiam ser considerados cidadãos. Lembre-se que Atenas acaba de sair de um regime de patriarcado e profundamente machista, por esta razão mulheres não poderiam participar de debates políticos, juntamente com as demais pessoas mencionados em sua questão. Elvis Rogerio Paes
ExcluirQual foi a principal diferença entre Atenas e Esparta para definir cada uma ?
ResponderExcluirJéssica Monteiro, estudante de Licenciatura em História, Paraíba, Brasil.
Oi Jéssica, obrigado pela pergunta. Atenas foi uma pólis "cidade" que experimentou diversas formas de governo, sendo a mais significativa para o demos "povo" a forma democrática. Já Esparta foi uma pólis onde os sistemas de governo não se alteraram, eles vivenciaram uma diarquia "governo de dois reis" e sempre trabalharam seus cidadãos para a guerra, esmagando assim seus opressores e seus próprios cidadãos que nasciam com algum problema de ordem física ou mental. Essa é uma das diferenças entre Esparta e Atenas.Elvis Rogerio Paes.
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